A Polícia Civil de São Paulo está investigando um golpe de desvio de R$ 23 milhões realizados por cinco clientes do C6 Bank. Segundo informações divulgadas pela Veja, a fraude teria ocorrido na modalidade CDB Crédito oferecida pela fintech, a partir de uma brecha que permitia utilizar o valor total disponibilizado na categoria junto do saque de dinheiro aplicado.
O CBD crédito é uma modalidade de crédito oferecida pela fintech realiza a partir do cartão de crédito, em que o contratante ganha de limite o valor que ele tiver aplicado em um CDB (Certificado de Depósito Bancário, tipo de investimento de renda fixa oferecido por bancos) da instituição — com esse dinheiro investido sendo bloqueado até o pagamento da fatura do cartão pelos usuários da categoria de crédito.
A brecha, então, descoberta pelos cinco correntistas do banco, permitia a utilização do limite do cartão do CDB crédito junto do saque da quantia investida antes que ela fosse bloqueada como garantia do crédito. No total, R$ 23 milhões foram desviados dessa maneira.
A reportagem da Veja afirma que a Polícia Civil desconfia que o desvio seja relacionada a organizações criminosas, já que a maior parte da atividade fraudulenta ocorreu em pontos específicos de comunidades da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro – embora não descartem possibilidades mais simples, como pessoas ficando sabendo da brecha no boca a boca e a utilizando.
Ainda segundo informações da Veja, o C6 Bank está entrando na Justiça para bloquear a conta-corrente de usuários associados com a fraude. O Canaltech entrou em contato com a assessoria da fintech para pedir mais informações sobre o caso, mas a instituição financeira afirmou que não comentará o caso.
Segunda fraude sofrida pelo C6 Bank em menos de um mês
O desvio de R$ 23 milhões do C6 Bank é o segundo golpe sofrido pela fintech em menos de um mês. No começo de abril, o banco sofreu um prejuízo de R$ 50 milhões após fraudadores terem utilizado solicitações de aumento do limite do cheque especial em contas de cerca de 200 correntistas da instituição financeira para sacar valores, em processo popularmente conhecido como “esquema de rachadinha”.
Na época, a Polícia Civil tinha dúvidas sobre se os correntistas que tiveram contas utilizadas na fraude eram laranjas no golpe ou se foram vítimas dos golpistas. O C6 Bank, na ocasião, também afirmou que não comentaria o caso.
Fonte: Veja
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